Cycling no ginásio
- Hoje, logo pela manhã, resolvi ir até ao “meu” ginásio - Ginasius Beach
Club, na praia da Aguda – fazer a aula de Cycling.
A “coisa” complicou-se ainda mais, quando, pouco depois, a voz do
“trainer”, abafando a música que entretido ouvia, soou estridente nos meus
ouvidos; “Vamos malta, aumentem a carga, sigam o ritmo da batida da música…
intensidade 7,5 e vamos aumentando gradualmente essa intensidade e…também a
carga”.
Pois…disse-me aquela voz interior que não me larga!
“Vamos lá malta…aumentem para 8…8,5…mantenham o ritmo…” exclamava o Romeu!
E aquela vozinha na minha cabeça… “Isto hoje não vai dar. O melhor é manter
um ritmo mais baixo e uma intensidade tipo…calminha”
“Não…Não”, gritei eu para dentro. “Vou tentar fazer isto como deve ser.
Isto só me faz bem…"
E…de repente, lembrei-me de algumas técnicas, de algumas ferramentas, que a
Programação Neuro Linguística (PNL) me entregou e que podia aplicar nesta
situação.
“Vou tentar o tanas…vou mesmo fazer”; "Foi por isso que vim",
gritei ainda mais alto, dentro da minha cabeça!
- São estes conceitos, sustentados pelo “Poder da Mente” que hoje vou
partilhar metaforicamente neste meu espaço, tendo em conta os fantásticos
resultados que eu próprio alcancei.
Comecei por concentrar a minha energia no meu “centro”. Concentrei toda
essa energia na zona abdominal, esquecendo deliberadamente qualquer outro grupo
muscular do meu corpo. Essa zona (o centro) iria a partir desse momento ser
responsável por fornecer toda a energia que o esforço gradual fosse exigindo.
Pedalando, ao som das instruções do Romeu, comecei a notar que, dessa
forma, a coisa estava a ficar cada vez mais fácil ou pelo menos mais acessível,
embora, ao mesmo tempo, me fosse apercebendo que a minha Mente continuava a ser
influenciada pela aquela vozinha interior, que teimava em me querer complicar a
vida…!
“Não consigo…” “estou todo partido…” dizia-me baixinho, como respondendo
aos apelos do Romeu “vamos retirar o melhor rendimento desta aula”; “agora de
pé, posição 2…aumenta o ritmo”; “posição 3…aumenta a carga...”
Foi quando, de forma consciente, resolvi desligar a voz interior,
concentrar-me nas “ordens” que me iam chegando do exterior (Romeu), e ao mesmo
tempo “deixar” aquela sala e “levantar voo”, pedalando em direção às nuvens!
E, eis que de repente, comecei a ver, deslumbrado, a praia da Aguda, com o
mar revolto e as ondas a baterem com fúria no paredão. Que espectáculo!
Subi mais um pouco, pedalando ao ritmo do som que me chegava “vamos agora
subir uma montanha…” e, um pouco mais á frente, por entre as nuvens, estou a
contemplar a minha própria casa, vista de cima. Que tranquilidade…!
”Vou voar até Espinho”
E lá estava a cidade com as ruas paralelas e/ou perpendiculares, quase sem
curvas, com as pessoas (algumas conhecidas) a protegerem-se da chuva,
deambulando pela rua 19 e pela 23, fugindo das intempéries e dos pares mais
baixos (rua 2…4…6…), por mais expostos ao vento, e à fúria do mar, que nas
palavras dos “nossos” pescadores, é um cão!
Comecei a pedalar mais para sul até Esmoriz, passando por Paramos,
contemplando extensões sem fim de areais à beira mar plantados, sempre ao ritmo
da música que ia ouvindo e correspondendo ao mesmo tempo a alguns sons que já
quase não ouvia; “posição 2, em pé…”; mais forte…menos intenso…”; “sentado…aumenta
para 9”, quando, passado algum tempo e de repente, parece-me ouvir…”Boa malta,
excelente esforço…”; “uma salva de palmas para vocês…”.
O quê?
É então que abro os olhos, sinto a transpiração a correr-me testa abaixo, e
vejo estupefacto, os(as) outros(as) “ciclistas” com os traços do esforço bem
visíveis, descarregar com palmas, à mistura com alguns “yes...” do esforço
despendido durante…50 minutos de treino intenso!
Já acabou Romeu? Já António…
No desporto e na Vida
Sem comentários:
Enviar um comentário