segunda-feira, 5 de março de 2018


Cycling no ginásio



- Hoje, logo pela manhã, resolvi ir até ao “meu” ginásio - Ginasius Beach Club, na praia da Aguda – fazer a aula de Cycling.

 Mal o Romeu (personal trainer) começou com o aquecimento, logo me apercebi que a minha disponibilidade mental para o esforço, estava em níveis realmente baixos, o que claramente se repercutia na disponibilidade física!
A “coisa” complicou-se ainda mais, quando, pouco depois, a voz do “trainer”, abafando a música que entretido ouvia, soou estridente nos meus ouvidos; “Vamos malta, aumentem a carga, sigam o ritmo da batida da música… intensidade 7,5 e vamos aumentando gradualmente essa intensidade e…também a carga”.


Pois…disse-me aquela voz interior que não me larga!
“Vamos lá malta…aumentem para 8…8,5…mantenham o ritmo…” exclamava o Romeu!

E aquela vozinha na minha cabeça… “Isto hoje não vai dar. O melhor é manter um ritmo mais baixo e uma intensidade tipo…calminha”

“Não…Não”, gritei eu para dentro. “Vou tentar fazer isto como deve ser. Isto só me faz bem…"

E…de repente, lembrei-me de algumas técnicas, de algumas ferramentas, que a Programação Neuro Linguística (PNL) me entregou e que podia aplicar nesta situação.
“Vou tentar o tanas…vou mesmo fazer”; "Foi por isso que vim", gritei ainda mais alto, dentro da minha cabeça!

 - São estes conceitos, sustentados pelo “Poder da Mente” que hoje vou partilhar metaforicamente neste meu espaço, tendo em conta os fantásticos resultados que eu próprio alcancei.

Comecei por concentrar a minha energia no meu “centro”. Concentrei toda essa energia na zona abdominal, esquecendo deliberadamente qualquer outro grupo muscular do meu corpo. Essa zona (o centro) iria a partir desse momento ser responsável por fornecer toda a energia que o esforço gradual fosse exigindo.

Pedalando, ao som das instruções do Romeu, comecei a notar que, dessa forma, a coisa estava a ficar cada vez mais fácil ou pelo menos mais acessível, embora, ao mesmo tempo, me fosse apercebendo que a minha Mente continuava a ser influenciada pela aquela vozinha interior, que teimava em me querer complicar a vida…!
“Não consigo…” “estou todo partido…” dizia-me baixinho, como respondendo aos apelos do Romeu “vamos retirar o melhor rendimento desta aula”; “agora de pé, posição 2…aumenta o ritmo”; “posição 3…aumenta a carga...”

Foi quando, de forma consciente, resolvi desligar a voz interior, concentrar-me nas “ordens” que me iam chegando do exterior (Romeu), e ao mesmo tempo “deixar” aquela sala e “levantar voo”, pedalando em direção às nuvens!

E, eis que de repente, comecei a ver, deslumbrado, a praia da Aguda, com o mar revolto e as ondas a baterem com fúria no paredão. Que espectáculo!
Subi mais um pouco, pedalando ao ritmo do som que me chegava “vamos agora subir uma montanha…” e, um pouco mais á frente, por entre as nuvens, estou a contemplar a minha própria casa, vista de cima. Que tranquilidade…!

”Vou voar até Espinho”
E lá estava a cidade com as ruas paralelas e/ou perpendiculares, quase sem curvas, com as pessoas (algumas conhecidas) a protegerem-se da chuva, deambulando pela rua 19 e pela 23, fugindo das intempéries e dos pares mais baixos (rua 2…4…6…), por mais expostos ao vento, e à fúria do mar, que nas palavras dos “nossos” pescadores, é um cão!

Comecei a pedalar mais para sul até Esmoriz, passando por Paramos, contemplando extensões sem fim de areais à beira mar plantados, sempre ao ritmo da música que ia ouvindo e correspondendo ao mesmo tempo a alguns sons que já quase não ouvia; “posição 2, em pé…”; mais forte…menos intenso…”; “sentado…aumenta para 9”, quando, passado algum tempo e de repente, parece-me ouvir…”Boa malta, excelente esforço…”; “uma salva de palmas para vocês…”.
O quê?

É então que abro os olhos, sinto a transpiração a correr-me testa abaixo, e vejo estupefacto, os(as) outros(as) “ciclistas” com os traços do esforço bem visíveis, descarregar com palmas, à mistura com alguns “yes...” do esforço despendido durante…50 minutos de treino intenso!

Já acabou Romeu? Já António…

No desporto e na Vida







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