segunda-feira, 7 de maio de 2018

As Forças que Influenciam a sua vida

Dor e Prazer



 - Acredito que o ser humano não faz as coisas por acaso. Tudo o que fazemos tem uma razão de ser.


É certo que nem sempre temos a consciência plena dos motivos que nos impulsionam a fazer aquilo que fazemos. De facto, existe um tipo de força que direcciona ou condiciona os nossos comportamentos, as nossas acções.

Tudo o que fazemos, ou é para fugir a uma possível DOR, ou para tentar obter PRAZER.

Compreender estas forças e a relevância das mesmas, além de nos permitir saber como e porque agimos de uma certa forma, também nos permite entender que… podemos agir de forma diferente e assim possibilitar a consecução de outros resultados!

As coisas a que associa dor e as coisas a que associa prazer, na verdade moldam a sua vida.

“O segredo do sucesso é aprender a usar a dor e o prazer em vez de ser usado pelo prazer e pela dor. Se o fizer controla a sua vida. Se não o fizer, é controlado pela vida”

Aprender a desvendar os segredos que estão por trás das suas acções vai permitir-lhe também alterar o “como faço aquilo que faço” para “como fazer aquilo que realmente quero fazer”, pois se ligar uma dor intensa a qualquer comportamento ou padrão emocional, irá certamente evitar a todo o custo entregar-se ao mesmo.
O contrário também é verdade!

Se, por exemplo, estiver a fazer qualquer tipo de dieta alimentar e estiver perante um prato delicioso (para si), sabendo que a composição e/ou quantidade do mesmo irá prejudicar o regime que está a seguir, pode associar dor ou prazer à ingestão do mesmo e será essa associação que promoverá a sua acção imediata.
 Pode associar algum tipo de prazer, tipo…”é só hoje”, ou de dor…”se comer isto agora lá se vai a minha dieta”. Qual o resultado?

Não é por acaso que refiro a acção como imediata, pois a maioria das pessoas baseia a sua decisão no que lhe vai trazer dor ou prazer a curto prazo, mesmo sabendo, no íntimo, que para obter aquilo que mais valoriza, normalmente tem que ultrapassar alguns obstáculos, algumas barreiras, que vão surgindo a fim de, a médio/longo prazo, alcançar de facto o que lhe dará verdadeiro prazer. É apenas uma questão de nos concentramos no momento ou no futuro.

“A natureza pôs a humanidade sob o comando de dois soberanos, a DOR e o PRAZER. Eles governam-nos em tudo o que fazemos, em tudo o que dizemos, emtudo o que pensamos; cada esforço que pudermos fazer para nos livrarmos dessa submissão só serve para a comprovar e confirmar” – Jeremy Benthaim

Não é a dor em si que nos impulsiona, mas sim o medo de que algo conduza à dor. Não é o prazer em si que nos impulsiona, mas sim a convicção – a nossa sensação de certeza – de que optar por uma determinada acção, por um determinado comportamento, este nos conduzirá ao prazer.
Pode pensar que comer alimentos que vão contra a dieta que está a seguir, lhe irá conceder muito prazer no imediato, assim como pode pensar nas consequências a médio ou longo prazo e na dor que provavelmente virá a experienciar. Que sentimento escolhe associar a esse pensamento…agora mesmo? Come ou não?

“Se se sente angustiado com alguma coisa externa, a dor é devida à sua própria ideia dela; e isso é uma coisa que tem o poder de revogar a qualquer momento”Marco Aurélio

A verdade, por muito que gostássemos de a negar, é que, o que verdadeiramente impulsiona as nossas acções, os nossos comportamentos, é a reação instintiva à dor ou ao prazer e não um qualquer cálculo intelectual. Somos prioritariamente “movidos” pelo que “aprendemos” a associar dor ou prazer nos nossos sistemas nervosos e são estas neuro-associações que determinam o que vamos fazer.
São as nossas emoções - as sensações que associamos ao pensamento - que na maioria dos casos determinam os nossos comportamentos.




“Os homens, bem como as mulheres, são muito mais frequentemente guiados pelos seus corações, do que pelo seu entendimento” Lord Chesterfield








Quer assumir um maior controlo sobre as suas decisões? Quer ter um maior controlo da sua vida?


Comece por tomar consciência do poder que o prazer e a dor exercem sobre cada decisão.

 1-   Pense agora em qualquer coisa que nunca faria. Que emoções, que sensações associa a esse pensamento?

a) O primeiro passo para suspender qualquer comportamento (acção) que não o satisfaça, que não lhe proporcione o resultado que pretende, é associar ao mesmo, um nível de dor tão intenso a nível emocional que já nem considere sequer repeti-lo.

b) Como fazê-lo? Basta recordar as emoções e as sensações que associa “aquilo que nunca faria” e associa-las a ao comportamento que pretende suspender

 2- Encontre outro tipo de comportamento (outra forma de fazer) que possa potenciar o tipo de resultado que quer alcançar e de imediato associe ao mesmo, um nível de prazer tão intenso emocionalmente, que permita criar uma poderosa neuro-associação, no seu sistema.

     a) Repita, as vezes que for preciso essa associação, com a necessária intensidade emocional, para assim condicionar no seu íntimo esse comportamento até o mesmo se tornar automático.


    No Desporto e na Vida



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